Foto: Francisco Sousa
Principais conceitos
As dobras geológicas são estruturas resultantes da deformação de camadas de rochas submetidas a forças compressivas sendo representantes do encurtamento da crosta terrestre.
Eixo ou linha de charneira:
Linha imaginária que conecta os pontos de máxima curvatura da dobra. Em dobras cilíndricas, é retilíneo; em não cilíndricas, pode ser curvo
Flanco (ou Limbo):
São os lados inclinados da dobra entre a charneira e as linhas de inflexão. Convergem em direção ao núcleo da dobra.
Plano Axial:
Plano imaginário que divide a dobra em duas partes simétricas ou assimétricas, passando pela charneira. Pode ser vertical, inclinado ou quase horizontal.
Núcleo:
Parte central da dobra. Em anticlinais, contém as camadas mais antigas; em sinclinais, as mais jovens.
Figura 1
Quanto à Forma (Figura 2):
Cilíndrico: Mantem forma constante ao longo do eixo (ex.: uma folha de papel dobrada).
Não Cilíndrico: Apresentam eixo curvo ou variável (ex.: domos e bacias).
Figura 2
Quanto à Simetria (Figura 3):
Simétricos: Flancos com mesma inclinação; o plano axial é vertical.
Assimétricos: Flancos com inclinações diferentes; o plano axial se inclina para o flanco menos inclinado.
Figura 3
Quanto à Abertura (ângulo interlimbo) (Figura 4):
Suave: Abertura entre 180° e 120°.
Aberto: Entre 120° e 70°.
Fechado: Entre 70° e 30°.
Apertado: Menor que 30°.
Isoclinal: 0°.
Figura 4
Quanto à Direção de Fechamento (Figura 5):
Sinformal: Arco com concavidade voltada para cima.
Antiformal: Arco com concavidade voltada para baixo.
Neutra: A concavidade é horizontal.
Figura 5
Em Relação à Sequência Estratigráfica (Figura 6):
Anticlinal: Camadas mais antigas no núcleo.
Sinclinal: Camadas mais jovens no núcleo.
Figura 6
A combinação entre o mergulho do plano axial e o caimento do eixo da dobra gera diferentes tipos de dobras, como mostrado na Figura 7.
Figura 7
Nos mapas, os dobramentos aparecem como padrões curvos ou lineares, representando a orientação das camadas. O traço do plano axial é marcado no mapa, e a simbologia indica o sentido do mergulho dos flancos e do eixo (Figura 8).
Figura 8
Efeito do Dobramento no Afloramento
Dobra Simétrica:
Em anticlinais erodidos, a camada mais antiga aflora no núcleo. À medida que nos afastamos do traço axial, as camadas mais jovens se repetem simetricamente em ambos os flancos (Figura 9a).
Em sinclinais, ocorre o oposto: a camada mais jovem aflora no núcleo, e as mais antigas se repetem nos flancos (Figura 9b).
Figura 9:
Dobra Assimétrica:
A diferença entre os flancos influencia a espessura do afloramento: o flanco com menor mergulho terá uma espessura menor (Figura 10a).
Quando os flancos mergulham na mesma direção, um dos flancos apresentará a inversão da ordem estratigráfica (Figura 10b).
Figura 10
Dobra Isoclinal:
O plano axial e os flancos são quase paralelos. A espessura dos afloramentos permanece constante, mas a ordem estratigráfica é invertida em um dos flancos (Figura 11b).
Figura 11
Dobra com Mergulho de Eixo (Figura 12):
O eixo inclinado faz com que os flancos não sejam paralelos no mapa, resultando em um padrão assimétrico de afloramento.
Figura 12
Exercícios Resolvidos