Baixar os mapas 1, 2, 3, 4 e 5.
Enunciado:
1. Indique no mapa o traço axial com a respectiva simbologia para sinformal e antiformal.
2. Calcule a atitude dos flancos e do plano axial.
3. Inclua no mapa a simbologia da atitude dos flancos.
4. Classifique a dobra.
5. Desenhe a seção X-Y incluindo o plano axial.
6. Construa a coluna estratigráfica.
7. Elabore o texto explicativo.
Figura 1: Mapa geológico. Extraído de Bennison & Moseley (2006).
Resuloção:
Observe a geologia do mapa e trace as LS (linhas de estrutura):
Ao analisar o mapa, perceba a duplicação de camadas, um forte indicativo da presença de uma dobra.
Figura 2: LS dos diferentes flancos de dobra, em azul, vermelho e verde.
Aplique a regra dos Vs:
Note que todas as camadas mergulham para leste. Isso significa que ambos os flancos mergulham para leste, com a mesma direção, mas ângulos diferentes.
Assim, o plano axial da dobra é inclinado, e o traço axial — ao contrário de uma dobra simétrica e horizontal — não será uma linha reta. Ele seguirá a regra dos Vs, acompanhando as curvas das camadas no mapa.
Identifique as zonas de charneira (janelas):
A oeste do mapa, a camada A aparece cercada por camadas mais jovens, formando uma janela tectônica. As ls mostram que aí é a zona de charneira da dobra.
O mesmo acontece a leste, onde a camada H também forma uma janela, indicando outra zona de charneira.
A dobra tem um eixo mergulhante (dobra plungente) e uma geometria mais complexa do que uma dobra horizontal simples.
Como definir o traço axial da dobra
A Figuras 3 e a Animação 1 e 2 apresentam duas formas de determinar o traço axial da dobra no mapa.
Em ambos os casos, o primeiro passo é identificar as LS que correspondem ao plano axial (por exemplo, T.A. 1000). Depois, usamos essas linhas para projetar o traço axial no mapa, da mesma forma como traçamos contatos geológicos.
Figura 3: Ilustração dos métodos de determinação das LS do plano axial das dobras.
Método 1 – LS na mesma cota em flancos opostos
Esse é o mesmo procedimento usado nos Mapas 1 e 2:
Escolha duas LS de mesma cota (por exemplo, AB1100/AB1100), uma em cada flanco da dobra.
Calcule o ponto médio entre elas — este será o local da LS do plano axial nessa cota (T.A. 1100).
Repita o processo em outras cotas para criar a série de LS do plano axial e, a partir delas, trace o traço axial no mapa.
Método 2 – LS de flancos opostos se sobrepõem
Esse método é ainda mais simples quando as LS de diferentes flancos se cruzam no mapa:
Duas LS se sobrepõem, como GH800/GH900, isso indica que a zona de charneira está entre essas cotas.
A LS do plano axial estará então na cota média entre elas — neste caso, será T.A. 850.
Busque quantas LS T.A. possíveis e necessárias. Use essa LS intermediária para traçar o traço axial no mapa.
✅ Importante:
Independentemente do método utilizado, o procedimento final é o mesmo: projetar as LS do plano axial sobre o mapa com a mesma técnica usada para desenhar contatos geológicos, conectando os pontos com curvas suaves ou linhas retas conforme o padrão topográfico.
Animação 1: Passo a passo da determinação das LS do plano axial das dobras.
Animação 2: Indicação do traço axial em mapa.
Atitude das camadas:
Flancos: 90/22; 90/39
PA: 90/32
Seção, coluna estratigráfica e mapa final:
Espessura:
Dependendo do ângulo utilizado no cálculo, temos duas soluções possíveis:
ErB = 100 x 0,77 = 77 m (0,4 cm)
ErC = 200 x 0,77 = 154 m (0,7 cm)
ErD = 200 x 0,77 = 154 m (0,7 cm)
ErE = 200 x 0,77 = 154 m (0,7 cm)
ErF = 100 x 0,77 = 77 m (0,4 cm)
ErG = 200 x 0,77 = 154 m (0,7 cm)
OU
ErB = 100 x 0,98 = 98 m (0,5 cm)
ErC = 200 x 0,98 = 196 m (1,0 cm)
ErD = 200 x 0,98 = 196 m (1,0 cm)
ErE = 200 x 0,98 = 196 m (1,0 cm)
ErF = 100 x 0,98 = 98 m (0,5 cm)
ErG = 200 x 0,98 = 196 m (1,0 cm)
Figura 4: Solução 1 para coluna estratigrafica.
Figura 5: Solução 2 para coluna estratigrafica.
Figura 6: Seção geológica X-Y completa e mapa geológico colorido. Extraído de Bennison & Moseley (2006).
Sequencia de eventos que devem constar no texto:
Deposição dos sedimentos, da base para o topo, seixos, argila, silte, areia fina, sedimentos carbonáticos, areia grossa, areia micácea, brecha.
Diagênese. Geração de rocha sedimentar: conglomerado, argilito, siltito, arenito fino, calcário, arenito grosso, arenito micáceo, brecha.
Tectônica dúctil - geração de dobra plungente.
Soerguimento e erosão atual com vale íngreme de direção E-W, perpendicular ap PA da dobra.
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